Deus usou Eliseu para aumentar o azeite da viúva
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra nos textos de 2 Reis 4.1-7 que nos diz:
1 — E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2 — E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 — Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 — Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
5 — Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 — E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7 — Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
No Antigo Testamento, a questão da viuvez já era tratada com muita atenção. Inclusive, Deus advertira fortemente ao povo de Israel para que tratasse bem aos órfãos e as viúvas, caso contrário, Ele castigaria contundentemente aqueles que os oprimissem (Êx 22.22-24; Sl 68.5; Ml 3.5).
Um detalhe interessante a ser notado é que as passagens tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, que tratam da questão da viuvez, não falam do cuidado com os viúvos, mas, sim, em relação às viúvas, uma vez que, no modelo de organização familiar daqueles tempos, a morte da esposa não mudava a posição social e econômica do marido, mas o contrário, sim. Lembremo-nos que, nos tempos antigos, ou seja, no período bíblico e também durante muitos séculos depois, não havia pensão alimentícia nem seguro social, e as mulheres também não tinham tantas alternativas de emprego como em nossos dias. Já para o homem, que normalmente sustentava a família sozinho, havia muitas opções, além de ser privilegiado na questão das heranças. Por esse motivo as viúvas passavam geralmente grandes necessidades.
No período bíblico, perder o marido significava para a mulher perder de forma dramática a sua posição social e econômica. A gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse filhos’ No caso de não ter gerado filhos, a viúva voltava para a casa dos pais (Gn 28.1) e ficava sujeita à lei do levirato, que já era praticada antes de Moisés, mas foi estabelecida como lei, de fato, somente com ele (Dt 25.5,6)”
2 Rs 4:1: “Meu marido, teu servo morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. E veio o credor, a levar-me os meus dois filhos para serem servos”.
Estava no ano 852 A.C. - Jorão era o Rei de Israel, o qual reinou por 12 anos a nação.
Josafá era o Rei de Judá, o qual reinou por 25 anos a nação de Judá.
Havia a escola de profetas a qual Eliseu encabeçava.
Essa mulher era a esposa de um dos discípulos dos profetas; ela tinha acabado de perder seu marido.
Flávio Josefo que foi um grande historiador diz nos seus relatos que Obadias citado em I Rs 18 foi o marido dessa mulher. O motivo de a família estar endividada era que Obadias havia sustentado os 100 profetas do Senhor que ele escondera de Acabe e Jezabel”.
No antigo oriente, as viúvas por si mesmas já eram muito vulneráveis à pobreza. A viúva de um profeta ficava ainda mais exposta a passar dificuldades, pois os profetas viviam dia a dia na provisão de Deus. Eliseu conhecia o jovem esposo daquela mulher. Ela chegou-se ao profeta de Deus, clamando por socorro.( 2 Rs 4:2,3,4,)
II. A função do azeite no Antigo Testamento
No Antigo Testamento conhecemos três tipos de pessoas que eram ungidas para um ministério sobrenatural, e esta unção se dava com o óleo da unção que era derramado sobre a cabeça daquele o qual fosse escolhido.
Porém, devemos entender e aprender que também existia no antigo testamento, quatro tipos de óleo de azeite, diferente um do outro em seu uso e finalidades, sendo:
- o azeite da Unção;
- o azeite da Alimentação ;
- o azeite da Lâmpada e
- o azeite de sabão para a limpeza.
Mas porque Deus ordenava que estes fossem ungidos com o óleo puro do azeite? Qual seria o real objetivo dessa unção nas vidas dos escolhidos?
A unção traz a autoridade espiritual na vida dos que creem como descreve no Antigo testamento e também traz a autoridade espiritual por que capacita a pessoa escolhida para realizar uma missão especial. Vejamos então os três tipos de azeite:
- O azeite da Unção
Este não era um condimento, não era um azeite comum, pois seria ele o azeite escolhido para que se realizasse a unção sobre a cabeça do escolhido para que no mundo físico e no mundo espiritual todos soubessem que o ungido era uma pessoa especial e separada para tal. Este era o óleo derramado na cabeça de Arão descrito em Êxodo 29 e 30.
O azeite usado na unção era o primeiro azeite extraído dos primeiros frutos da oliveira, sendo de alto preço e de altíssima qualidade, este azeite não poderia ser usado para outro fim, se não o de ser derramado na cabeça do escolhido.
Este azeite era misturado a outras especiarias,
- O azeite da Alimentação
Este era o segundo azeite extraído do fruto da oliveira, usado na alimentação dos judeus, sendo amplamente inserido no preparo de diversos tipos de alimentos, e podemos observar no livro de I Reis 17, onde o profeta Elias habitando próximo ao ribeiro de Querite tem um diálogo com uma viúva, e fica sabendo que ela tinha pouco azeite para lhe fazer um bolo. Mas com a obediência na palavra do profeta, ouve então o milagre da fartura de alimentos .
- O
Este era um outro tipo de azeite, que na extração era o terceiro óleo saído da prensa de pedra, um pequeno comentário, sobre o Getsêmane, que significa “prensa, lugar do azeite”, foi por isso que Jesus estava lá quando em seus últimos momentos transpirava sangue, ele estava sendo prensado por nossos pecados, e o azeite que estava sendo derramado era o seu sangue.
Mas este tipo de azeite nós podemos observar relatado em Mateus 25, quando vemos o próprio Jesus falando da dez virgens, e que cinco delas tinha azeite em suas lâmpadas, e outras cinco não possuíam o azeite que produzia a luz.
Agora que conhecemos os azeites, e sabemos que o azeite mais valioso era o que se usava na unção dos escolhidos, vejamos que então eram estes escolhidos, e quem deveria receber em suas cabeças o derramamento do azeite. A saber, eram três os merecedores do azeite da unção preciosa.
1. Os Sacerdotes - (Ex 29,29-30 e 30,30) – A unção de Aarão
Neste episódio vemos o próprio Jeová mandar a Moisés separar a Arão para o sacerdócio e derramar sobre sua cabeça o azeite puro. Então assim Arão estava marcado, selado, capacitado para uma missão, ser o Sumo Sacerdote.
2. Os profetas - (I Rs 19:16) – A unção de Elizeu
Antes de o profeta do fogo, Elias, ser levado em uma carruagem para o céu, Jeová manda que ele vá ungir a Elizeu para ser profeta em seu lugar. Então sabemos que o azeite puro e valioso é para ser derramado no ministério do profeta.
3. Os Reis - (I Sm 9:16) – A unção de Saul
Quando o povo de Israel, começa a ter inveja dos outros povos, dizendo que todos tinham reis e eles não, Deus manda o profeta Samuel ungir a um jovem da tribo de Benjamim, chamado Saul, para ser o primeiro monarca do povo judeu.
Sabe o que aprendo aqui? Que não ouve, não há e nunca haverá ministério sem a presença do azeite.
4. o azeite de sabão para a limpeza.
Com o peso de uma quarta pedra na prensa, era extraído o quarto azeite.
Ele já vinha com um certo farelo da azeitona e servia para fazer sabão.
Sabão aponta para Limpeza, Purificação = Santificação
A santificação é a direção do E.S. em nossas vidas para sermos agradáveis ao Senhor. Servindo-o por amor e gratidão.
O poder do Sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado (o perdão); 1Jo 1.7
Para vermos o Senhor ( arrebatamento); Hb 12.14
A operação do E.S. na vida do homem ( comunhão ); Js 3.5
O azeite era conservado em talhas de barro. Mostrando-nos que todos os benefícios que o sacrifício do Senhor Jesus nos proporcionam, precisam ser conservados em nossas vidas. Entendo que somos pó, ou seja, que somos necessitados e dependemos do Senhor para a realização da obra do Senhor.
III. As sete coisas que a viúva possuía
1. Ela tinha a morte - o marido estava morto.
2. Ela tinha a dívida - quantas pessoas estão desesperadas pelas dívidas.
3. Ela tinha o credor – como é triste o credor todo dia à porta e a pessoa não ter o que fazer.
4. Ela tinha testemunho – pois todos os vizinhos não tiveram medo de lhe emprestar suas vasilhas.
5. Ela tinha os dois filhos – a única companhia, ou a única coisa que lhe dava animo para viver, o inimigo estava querendo levar.
6. Ela tinha uma botija de azeite – a solução já estava com ela, nela, dentro da sua casa, mas era limitado e ela não enxergava o que fazer e nem como.
7. Ela tinha o homem de Deus – O homem de Deus é Jesus, quem o tem, tem tudo o que precisa e necessita.
8. Ela tinha uma revelação – a revelação trouxe à existência o sobrenatural ilimitado no seu natural limitado.
Vale recordar que naquele tempo o azeite era uma espécie de moeda, mas a quantidade de azeite que aquela viúva tinha era insuficiente para pagar as dívidas de seu marido e livrar seus filhos da escravidão, então Eliseu deu uma ordem bem estranha para a viúva, veja: “Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.” (2 Rs 4.3). Qual era o plano? A explicação veio depois.
IV. O sofrimento e as dificuldades da pobre viúva
O sofrimento de perder o marido, já era difícil, quanto mais perder os filhos, seu marido era profeta conhecia e servia o oficio então ele conhecia muito de Deus, e quando partisse com certeza estaria no céu, mas e seus filhos? Iriam ser escravos estariam nas mãos de quem? Fazendo o que? Seriam mau tratados? As perguntas eram mil na cabeça dessa mulher, o que seria de meus filhos? Minha herança, foram criados na palavra de Deus, e agora seriam lançados no mundo, nas mãos de impuros que serviam outros deuses? A dor e o desespero dessa mulher era grande. Mas Deus nunca deixa um justo desamparado. Deus cuida dos seus pequenos.
A crise das dívidas. Não sabemos o nome da viúva nem dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu. Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.
O risco de perder os filhos.
A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é um dos maiores da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os necessitados e aflitos.
Nos tempos do Antigo Testamento, uma família de uma pessoa podia ser tomada e vendida para escravidão temporária para pagar uma dívida devida pelo pai. O ato de Eliseu demonstrou a preocupação de Deus pela viúva e pelo órfão que simbolizam o afligido pela pobreza e pela fraqueza no AT.
Óleo de oliva refinado era usado em cozimento, cosméticos e queimado como combustível na iluminação e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Podia ter sido facilmente vendido pela viúva, a dívida paga e, assim, as necessidades da própria família seriam atendidas”.
A viuvez. No Antigo Testamento, a mulher trabalhava somente em casa e era sustentada por seus marido. Quando o marido morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e os órfãos.
V. Eliseu multiplica o azeite da viúva
Este era o livramento que o Senhor havia preparado para a viúva e seus filhos. Deus não desampara os seus servos, jamais! O azeite da viúva seria aumentado milagrosamente!
Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.” 2 Rs 4:3-4
1. A preparação para receber o milagre.
Eliseu orientou a viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre chegará, assim como chegou para a viúva.
2. Provisão abundante.
A viúva tinha somente uma botija de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos. Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.
3. Fé em ação.
A viúva e seus filhos deveriam “tomar vasos emprestados”, tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém. O milagre de Deus é para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro, pagasse a dívida.
O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos filhos.
E segundo a instrução de Eliseu, ela deveria vender o azeite, pagar a dívida e viver do que sobrasse. A viúva que clamava pela vida de seus filhos, foi atendida para muito além do que pediu ou pensou.
Com certeza ela nunca imaginou tamanha benção. Grande foi o livramento e grande foi a benção do Senhor naquela família!
“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,” Ef 3:20
VI. As três coisas poderiam acontecer se a viúva não tivesse azeite na sua casa:
1- Não teria a multiplicação
Improdutividade, o espírito de esterilidade permearia e penetraria na casa. Ninguém seria contagiado. Igreja sem azeite não prospera espiritualmente e não faz discípulos.
2- Os seus filhos seriam levados como escravos.
A família seria destruída. Paulo recomenda não apagar o Espírito Santo. Se o Espírito Santo não dirigir o ambiente, os relacionamentos fraternais não existirão. O espírito de desamor, divisão, facção, promiscuidade penetrarão e, Aqueles que dizem ser libertos ainda são escravos.
3- Os vasos não seriam preenchidos
Vaso sem azeite não tem poder, graça, virtude. Se não tiver a ação do Espírito Santo os vasos continuarão ociosos, sem nenhum préstimo na casa do Senhor.
O que vemos hoje são vasos sendo exortados ainda pela palavra de Paulo “não vos embriagueis com vinho, onde há contenda, mas, enchei-vos do Espírito Santo”.
Vaso ou lâmpada sem azeite corre o perigo de ficar de fora das bodas do cordeiro (Mt 25.10).
VII. O que você tem em sua casa
Há momentos em que as circunstâncias nos levam a situações semelhantes a da multiplicação do azeite da viúva. Horas difíceis, quando achamos que nada mais nos resta na vida.
Sentimentos de vazio, de abandono podem passar no coração. É como se estivéssemos perdidos por caminhos sem solução.
E Deus pode aumentar esse azeite, de forma a te ungir poderosamente, e te envolver com esse unguento Santo. E o que você tem em casa? O que você sabe fazer? As vezes achamos que é pouco, que é desprezível o que sabemos.
Mas com a unção do Espírito Santo, esse pouco pode se transformar em abundância. Deus usa as pequenas coisas para confundir as grandes. Deus usa os fracos para confundir os fortes. O seu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
Peça, clame, ore, apresente a sua causa a Deus. E confie, faça, realize, pois com a unção do Espírito, enquanto houver vaso vazio o óleo não vai parar.
VIII. O que representa o profeta Eliseu nos dias atuais
O profeta representa para nós hoje o Senhor Jesus. A mulher que o procurou representa uma igreja, um povo que vive na dependência da operação de Deus em suas vidas. Assim como aquela mulher e seus filhos, hoje também as pessoas vivem debaixo de uma grande pressão que vem de todos os lados – sobre o casamento, sobre a vida financeira, sobre a criação dos filhos, lutando para que estes não sejam levados presos e derrotados. O credor tinha como objetivo subtrair os filhos (o bem maior da mulher, sua herança, a alegria do lar). A Igreja Fiel não quer ver seus filhos presos à escravidão deste mundo e busca constantemente a ajuda do Senhor Jesus. Mas ela não tem qualquer recurso humano. Tem apenas o azeite em sua vasilha – o coração. O azeite representa a bênção do Espírito Santo em nossa vida. Tem sido a nossa riqueza e é do que o Senhor precisa para operar um grande milagre, que garante nossa liberdade como filhos de Deus. Quanto mais o azeite – o poder do Espírito Santo – é multiplicado no nosso meio, maior a segurança que temos de estar livre dos grilhões do mundo mau.
A mensagem para os vizinhos
A bíblia afirma que o desejo de Deus é que todos sejam salvos. Na experiência da mulher, narrada no texto bíblico, vemos a preocupação do SENHOR em fazer com que a benção não ficasse limitada apenas àquela mulher. Havia outros que precisavam participar daquele milagre – os vizinhos. A orientação de Deus, por meio do profeta, era para que os filhos da mulher fossem às casas dos vizinhos e pedissem suas vasilhas vazias. Os vizinhos participaram daquele milagre entregando suas vasilhas vazias. Eles não tinham muito para dar, nem lhes foi pedido muita coisa senão suas vasilhas vazias que foram cheias do azeite que Deus havia providenciado.
A igreja do Senhor, necessitada como essa mulher, tem recebido o favor do Senhor (bênçãos espirituais). Mas, Deus não deseja que estas bênçãos fiquem restritas a um pequeno grupo. Ele, durante o mês nos levou a orar, jejuar, madrugar e convidar nossos vizinhos para participarem da mesma benção que Ele nos tem dado. Por isso Deus convida todos os vizinhos para trazerem suas “vasilhas vazias” (o coração necessitado) para que Ele encha com o azeite do Espírito.
IX. A operação do milagre depende em muito do que se possui
A provisão milagrosa lhe veio mediante o que ela já tinha: um vaso de azeite. A provisão foi dada na medida da fé que a mulher tinha e da sua capacidade de armazenamento. Deus usou o que ela possuía para multiplicar-lhe os recursos e realizar o milagre de que ela precisava.
Para Deus Operar Um Milagre a Quantidade Não Faz Nenhuma Diferença. Vejamos:
1- Moisés – tinha uma vara: “… e os filhos de Israel passaram pelo meio do mar em seco…” (Êx 14.16,21, 22).
2- Sansão – tinha uma queixada de um jumento: “… e feriu com ela mil homens.” (Jz 15.15).
3- Davi – tinha uma funda e cinco pedras: “E assim… prevaleceu contra o gigante filisteu…” (1Sm 17.40,50).
4- A viúva de Sarepta – tinha farinha na panela e azeite na botija: “… e assim comeu ela… e a sua casa muitos dias.” (1Rs 17.12,14,15).
5- Elias – tinha uma capa: “… e passaram ambos (Elias e Eliseu) o rio Jordão em seco.” (2Rs 2.8).
6- Os discípulos – tinham cinco pães e dois peixinhos: “… e deram de comer a quase cinco mil pessoas.” (Mc 6.37-44).
7- O apóstolo Pedro – tinha unção e poder e disse ao paralítico: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda.” (At 3.6).
8- A mulher do profeta – tinha uma botija de azeite: “E sucedeu que, todos os vasos foram cheios…” (2Rs 4.2,6,7). O milagre aconteceu! O azeite da viúva é multiplicado.
Deus fez o milagre a partir do que ela tinha: uma botija de azeite. Foi a partir desta botija de azeite que Deus operou o milagre.
O Milagre Depende do Que se Têm. O que é que você tem em casa? Diante da pergunta, você poderia responder: “Não tenho nada.” A Bíblia diz: No princípio – “A terra era sem forma e vazia… E disse Deus: Haja…” (Gn 1.2,3). Indicando o meio pelo qual vida e ordem eram gerados. Deus pode usar do recurso existente, por menor que seja e em qualquer circunstância.
Deus irá operar o milagre em sua vida a partir do que você tem. Se nada oferecemos a Deus, Ele nada terá para usar. Mas Ele pode usar o pouco que temos e transformá-lo em muito.
Nós podemos nem ter tudo, e, contudo, podemos ter conosco alguma coisa que Deus é capaz de abençoar abundantemente. (Ef 3.20).
– “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.”
X. As lições que podemos aprender da multiplicação do azeite
Os homens que temem a Deus também fazem bobagem. Eles também contraem dívidas e muitas vezes podem colocar a família em situação crítica.
A mulher sábia não se aconselha com qualquer um quando enfrenta um problema. Ela busca conselho com pessoas reconhecidas por sua idoneidade, trabalho honesto e por sua sabedoria. Como era o caso de Eliseu.
O profeta a orienta: peça muitas vasilhas emprestadas para seus vizinhos, vá para casa, feche a porta, você e seus filhos, e comece a encher, uma a uma, as vasilhas com azeite, a partir do único frasco que você tem. Ela o obedece.
Por que o profeta manda que ela feche a porta da casa antes de começar a presenciar o milagre? Por que Jesus diz para que fechemos a porta quando entrarmos para buscar a Deus, em nosso quarto?
O fechar a porta é um símbolo de isolamento, mas também de proteção. O que vai acontecer ali dentro pertence ao Senhor e a mim, e a ninguém mais. Fechar a porta me dá liberdade para me despir, pois a mais ninguém é permitido acesso aos meus segredos, a minha intimidade, apenas ao Senhor.
Fechar a porta me ajuda a me concentrar, e me guarda de interferências indevidas. Se o profeta vivesse hoje, talvez acrescentasse... e desligue o celular!
O profeta sabe que a hora é sagrada, o momento em que Deus irá se revelar. Isso requer atenção e reverência.
Porta fechada, o milagre da multiplicação do azeite vai começar. Uma a uma, as vasilhas são cheias de óleo, como se repetiria alguns séculos mais adiante, com Jesus, na experiência da multiplicação dos pães e peixes. Os discípulos iam partindo e repartindo, e o pão não acabava.
Mas chega uma hora em que acabam as vasilhas e o milagre cessa.
Ela, então, volta ao profeta, que vira como que um consultor de negócios: agora venda o óleo e pague sua dívida. Ainda vai sobrar dinheiro. Use para o seu sustento e de seus filhos. Ela, mais uma vez, o obedece.
A multiplicação depende de uma matriz geradora e de uma oferta. O milagre nunca parte do zero, ele demanda uma unidade - um pão, um peixe, um frasco de azeite.
A unidade que gera o milagre sempre se origina em nós, e não em Deus. Deus usa nossos recursos concretos como alicerce de sua obra – ele usa o que temos, não o que gostaríamos de ter. A mulher vulnerável tinha um frasco de azeite. É isso o que ela oferece.
O milagre fica limitado ao alcance de nossa fé, que pode ser medida pelo número de vasilhas que estamos dispostos a coletar. Mais vasilhas, mais milagre. Terminam os recipientes, o milagre cessa.
Quantas vasilhas você teria pedido? Cinco? Dez? Quarenta vasilhas? Pedir emprestado dá trabalho, você precisa percorrer toda a vizinhança, talvez cada casa lhe ofereça uma vasilha, ou nenhuma, é preciso gastar sola de sapato e ter uma boa dose de humildade.
Mas tudo começa mesmo com a oferta a Deus do único e essencial recurso de que ela dispunha: seu frasco de azeite.
O azeite era essencial para cozinhar o pão, o elemento da vida. O azeite também era essencial para ungir as pessoas, elemento essencial da vida espiritual. O azeite é o símbolo de ambos, vida física e espiritual, e do Espírito Santo, elemento essencial da vida em plenitude.
Seja empreendedora. Venda o azeite.
Ainda havia um movimento a fazer: tornar-se uma comerciante. O milagre nos tira do trivial e nos empurra para o novo. A viúva não era uma vendedora, mas se tornaria uma. Sua ação obediente salva sua família da escravidão. Para proteger seus filhos, uma mulher vulnerável e só arregaça as mangas e se torna, em tempo recorde, uma empresária do ramo dos óleos essenciais.
Se estou diante da dívida, que é um tipo de escravidão, entrego a Deus meu único recurso hoje, meu pote de azeite. Peço sabedoria e disciplina, como a desta viúva empreendedora, para direcionar o resultado dessa entrega, que certamente será um azeite abençoado e multiplicado.
Quantos vasos existissem naquela casa, quantos vasos estivessem ali disponíveis, seriam cheios pelo azeite que se multiplicava ilimitadamente.
Sabemos também pelas Escrituras, conforme está em Joel 2.28, que Deus derramaria o seu Espírito sobre todos. Promessa da qual Pedro se recorda no dia de Pentecostes.
Assim, podemos ter a certeza de que o Espírito Santo é para todo crente. Para cada vaso, para cada servo de Deus.
Pode parecer loucura para os homens não importa, mas para Deus é obediência, isto na linguagem de Deus é Fé Incondicional, e Ele ama isto!
Diante do clamor daquela viúva (1Rs 4:1), Eliseu ficou sensibilizado e não hesitou em atendê-la. Tal como Elias fizera em Sarepta (1Reis 17), usou do pouco que ela tinha para resolver o problema. Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora e interveio na sua causa. O Senhor é compassivo, misericordioso e longânimo – “Piedoso é o Senhor e justo; o nosso Deus tem misericórdia” (Sl 116:5). “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22). Há grande suprimento para toda necessidade quando Deus intervém. Coloque tudo o que tem nas mãos de Deus e, ainda que seja pouco, se fará mais que suficiente
As Escrituras Sagradas mostram que o Senhor socorre o necessitado: “Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia…”(Is 25:4); “Porque o Senhor ouve os necessitados….”(Sl 69:33)“Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores” (Jr 20:13) “Eu sou pobre necessitado; mas o Senhor cuida de mim; tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus” (Sl 40:17).
As pessoas que estão ao nosso redor, precisam ver Cristo em nós a luz que há em nós, a fé. Nós pregamos mais com os nossos gestos do que com palavras.
“Deus espera que ajamos com sabedoria em todos os momentos de nossa existência, sobretudo nas adversidades. O pouco que aquela mulher tinha em casa foi feito em muito, mas ela precisava ser sábia no tocante ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Ter recursos em abundância não é suficiente para que solucionemos problemas de escassez. É preciso que saibamos utilizar o que Deus nos deu.
A orientação de Eliseu foi que a mulher vendesse o azeite e pagasse a dívida que destruiria sua família que já estava desfalcada. A mulher já tinha visto o milagre sendo operado. Agora, deveria angariar os fundos necessários com a utilização correta do milagre de Deus. Lembre-se disso: Na hora em que a despensa está vazia, não adianta ter muitos recursos se você não sabe como aproveitá-los em prol de sua subsistência e de sua família”
Muitos crentes estão vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas. Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento.
Comentários
Postar um comentário